REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO
- CONCEITO:
Reencarnação
é uma idéia central de diversos sistemas filosóficos e religiosos,
segundo a qual uma porção do Ser é capaz de subsistir à morte do corpo.
Chamada consciência, espírito ou alma, essa porção seria capaz de
ligar-se sucessivamente a diversos corpos carnais nascendo e morrendo
sucessivamente para a consecução de um fim específico, como o
auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma.
- METEMPSICOSE:
Do
grego: meta: mudança + en: em + psiquê: alma - é o termo genérico para
transmigração da alma, de um corpo para outro, seja este do mesmo tipo
de ser vivo ou não. É usualmente denominada de metacomorfose. Essa
crença não se restringe à reencarnação humana, mas abrange a
possibilidade da alma humana encarnar em animais ou vegetais. Era uma
crença amplamente difundida na Pré-história e na Antigüidade, sendo
encontrada entre os egípcios, gregos, romanos, chineses, africanos, etc,
mas não na Índia entre os budistas tibetanos essa migração é possível,
embora muito rara (os budistas descrevem várias formas de reencarnação,
sob vários contextos diferentes).
Os esquimós e outros povos atuais considerados "primitivos" mantém a mesma convicção.
É considerada entre os espiritualistas em geral uma involução.
O
termo é encontrado em Pitágoras e Platão. Acredita-se que Pitágoras
aprendeu seu significado com os egípcios, que por sua vez aprenderam com
os indianos. A problemática desse raciocínio é a divergência entre as
crenças. Platão e os indianos não acreditavam na metempsicose.
Utilizavam o termo na ausência de outro como sinônimo de reencarnação.
Já os Egípcios, estes sim, acreditavam na metempsicose (como ela é
descrita aqui). Dessa maneira, sendo o termo grego, há polêmica quanto
ao seu significado.
movimento
cíclico por meio do qual um mesmo espírito, após a morte do antigo
corpo em que habitava, retoma à existência material, animando
sucessivamente a estrutura física de vegetais, animais ou seres humanos;
reencarnação
No
código de Manu, existem regras sobre o comportamento de uma pessoa numa
vida A metempsicose prega a reencarnação de forma cíclica e não linear.
Ou seja se um homem difamou (seu guru) ou alguém, pode voltar na forma
de um burro, o que o censura voltará como um cão; o que rouba os bens de
outros volta como um verme, se invejoso volta como um inseto.
O
ladrão volta como mosca. Assassinos como piolhos, vermes de serpentes,
carrapatos e assim sucessivamente, aves, seres de todas as espécies se
enquadram nos pecados humanos. Segue pelo reino vegetal, podem voltar a
ser homem novamente.
Num
ciclo simples pode-se concluir que Criaturas possuídas pela essência
divina alcançam a divindade; as possuídas pelas paixões, o estado
humano; as possuídas pela obscuridade, o estado animal. Sattva: dos
Deuses; Rajas: nos Homens; Tamas: nos animais.
Esse processo é
evolutivo e linear, a Reencarnação palingenésica é pregada pelas escolas
ocultas como Esoterismo, teosofia, rosacruzes, maçonaria, alquimia, o
espiritismo criado por Allan Kardec e por algumas doutrinas orientais.
Allan
Kardec, acreditava que os Druidas (povo que viveu nos primórdios
europeus em terras franceses), deram origem a Reencarnação, porém
históricamente não se pode afirmar isso. Mas sabe-se de relatos de 5000
anos no oriente.
Palingenesia
A palavra é um termo que corresponde a conceitos semelhantes na
história do direito, filosofia, teologia, da política e da biologia.
Ela vem do grego palavras Palin (de novo) e gênese (nascimento).
Esta
doutrina afirma que cada ser vivo tem um ciclo de existência, a partir
do nascimento, através de sua existência após a sua morte a
reencarnação. Em alguns casos, tem sido chamado de 'eterna recorrência
". A literatura sugere que este ciclo se repete uma e outra vez,
assegurando a continuação da evolução dos seres humanos. A diferença
entre a metempsicose, está justamente da Palingenesia, não aceitar os
renascimentos em animais mas sim na mesma espécie.
- HISTÓRIA DA REENCARNAÇÃO:
- PRÉ – HISTÓRIA:
ARQUEOLOGIA:
É
através dela é que temos conhecimento das crenças dos primeiros homens
na face da terra, pelas amostras dos fragmentos de gravuras e esculturas
que sobreviveram à ação dos séculos, fica clara entre eles uma idéia
universal do espírito que sobrevive a morte do corpo físico. Algumas
dessas crenças tomavam uma forma de regresso ao corpo físico pelos
processos da mumificação, ou do renascimento em um corpo novo.
- NA HISTÓRIA ENTRE OS POVOS:
ÁFRICA:
A crença da reencarnação existem em quase 100 tribos negras:
47 tribos:– Acreditam na metempsicose, aceitando a possibilidade da reencarnação em animais.
36 tribos:– Na reencarnação propriamente dita, palingenesia.
12 tribos: – Em que ambas são possíveis.
ZULUS
Reencarnação aperfeiçoamento gradual do individuo, até que o retorno não seja mais necessário.
OESTE DA ÁFRICA
Reencarnação é algo tão bom que as pessoas não querem se livrar do ciclo, nascimento e morte. Reencarnar é bom para a alma.
SUL DA NIGÉRIA
Acredita-se que a alma pode retornar em pessoas variadas e de sexo diferentes.
OS IORUBAS (YORUBA)
Povo
do grupo Sudanês da África Ocidental, que vive no sudoeste da Nigéria.
Essas tribos deixam que os feiticeiros advinhem o que a criança foi,
para depois a mãe dar um nome adequado, segundo essas tribos, a alma
desce para o centro da terra e lá permanece de 2 meses a 2 anos,
dependendo da extensão da saudade que sente do mundo acima. A gravidez
dolorosa indica uma morte dolorosa na vida anterior.
Povo
do grupo Sudanês da África Ocidental, que vive no sudoeste da Nigéria.
Essas tribos deixam que os feiticeiros advinhem o que a criança foi,
para depois a mãe dar um nome adequado, segundo essas tribos, a alma
desce para o centro da terra e lá permanece de 2 meses a 2 anos,
dependendo da extensão da saudade que sente do mundo acima. A gravidez
dolorosa indica uma morte dolorosa na vida anterior.
ZAIRE: Gêmeos e trigêmeos são honrados como chefes renascidos.
Crêem no retorno dos indivíduos.
BUDISMO OFICIAL
Aceitam
que as pessoas assumam características de uma ou mais personalidades
prévias, mas negam que sejam idênticas a alguma personalidade anterior.
BALINESES – (INDONÉSIA)
Tem forte tradição na reencarnação, crêem que as pessoas renascem repetidas vezes na mesma família.
JAPONESES
Tem algumas visões de reencarnações que são anteriores ao budismo.
EUROPA:
CELTAS
Acreditam
que após um número de vidas, possam atingir um “Céu Branco” onde se
tornariam conscientes de Deus. Após cada morte, a alma tem um período de
descanso.
TEUTÕES
Acreditavam que reencarnavam na mesma família com o mesmo nome.
SAXÕES
Acreditavam que a pessoa torna-se uma rosa ou uma pomba, por um tempo, e depois segue seu rumo a lugares divinos.
DRUÍDAS:
Tidos
como bárbaros, os antigos druidas, principalmente os que viviam na
Gália (hoje França e Bélgica), sustentavam uma admirável concepção
filosófica e mística a respeito da imortalidade da alma. Seus sacerdotes
eram famosos pelo nível de sabedoria. Os gauleses chegaram a dar, a
cada criminoso condenado, um prazo de cinco anos, depois da sentença de
morte e antes da execução, para que se preparasse para o estado futuro,
através do cultivo da vida anterior. As influências da conquista romana
destruíram sua filosofia e religião. Segundo Allan Kardec eles
acreditavam na Reencarnação, porém historicamente não se pode afirmar
isso.
AMÉRICA DO NORTE:
TLINGITS
Habitavam
o sudeste do Alasca e noroeste do Canadá, tinham especial atenção aos
Estigmas (marcas no corpo que indicam a identidade do recém-nascido). A
alma que retorna pode escolher sua futura mãe. O sonho das grávidas com
os parentes falecidos tinha muita importância. Após a morte, a alma vai
para diferentes lugares. Um deles é para onde vão os que morreram
violentamente. Há indícios de crença na Metempsicose.
ESQUIMÓS OCIDENTAIS
Acreditavam
na reencarnação, acreditam em cincos estágios ascendentes após a vida,
entre eles reencarnações sobrepostas, em que alguém renasceu antes da
personalidade previa ter morrido.
LESTE DA AMÉRICA DO NORTE
Crença na reencarnação raizada e difundida. Em comum que as pessoas de coração puro podiam se lembrar das vidas passadas.
CHIPPAWAYS
Acreditavam
que o sonho era o instrumento para rever e enxergar o futuro. Outras
Tribos Indígenas: viam os pioneiros brancos como gerações que retornavam
do passado.
MÉXICO E AMÉRICA CENTRAL:
As tribos acreditavam na reencarnação:
ÍNDIOS MEXICANOS
Acreditavam
na Metempsicose. Pessoas importantes retornariam como belos pássaros e
animais superiores; os de baixa condição como: besouros e outros animais
inferiores.
AMÉRICA DO SUL:
INCAS
Acreditavam que uma pessoa poderia retornar ao seu corpo, se este fosse corretamente mumificado.
TRIBOS BRASILEIRAS
Acreditam na reencarnação.
AUSTRÁLIA E OCEANIA:
ABORÍGENES AUSTRALIANOS
Tudo
leva a crer que as idéias sobre a reencarnação fossem universais entre
os Aborígenes Australianos, tendo permanecido mais tarde entre as Tribos
Centrais e as do Norte. Depois da chegada dos Europeus, foi difundida
entre eles a crença de que retornariam como homens brancos.
OKINAWA
Ao
Norte do Pacífico, acreditam que a alma deixa o corpo 49 dias após a
morte. Depois de um período não maior que 7 gerações, a alma retorna num
corpo cuja aparência lembra a encarnação prévia.
EGÍPCIOS:
EGITO
Foi
a pátria dos mais elevados ensinos ocultos e segundo Heródoto, a
pioneira na crença da imortalidade da alma. Ensinava, em sua pureza
original a doutrina dos vários “invólucros” do homem, como o corpo
físico, o corpo astral e o duplo etéreo.Os Egípcios acreditavam que
depois da morte a alma habitava durante 3 mil anos em todo tipo de
encarnação vegetal e animal, e só então retornava como humana. Só
voltaria ao corpo original se ele estivesse corretamente mumificado
CALDEUS:
Sua
sociedade secreta sustentava a doutrina da reencarnação como uma das
suas verdades fundamentais. Seus mestres, chamados “Magos”, acreditavam
que a alma evoluída, após várias encarnações, encaminhava-se a um estado
de suprema felicidade, no qual podia lembrar-se de todas as suas vidas
anteriores e não precisava mais encarnar. Com esse tesouro de
sasbedoria, passaria a ajudar e guiar as raças futuras que surgissem na
Terra. Para eles todos os seres vivos eram variantes manifestações da
Vida Uma e do Ser Uno.
CHINA:
Sua
doutrina esotérica referente à encarnação aparece na obra de Lao-Tsé, o
Tão-Teh-King. Nela, o universo e a alma humana procedem da união e ação
do princípio universal. O Tão, com a atividade criadora do universo, o
Teh. Tudo sai do Tão e volta ao Tão, a grande unidade.
GREGOS:
GRÉCIA
Famosa
por seus grandes filósofos, a Grécia teve também grandes ocultistas e
místicos. Sua visão sobre a reencarnação originava-se dos “Mistérios
Órficos”. Segundo a doutrina órfica, a pessoa é formada de um pequeno
elemento divino e um grande e mau elemento tirânico. Os humanos precisam
aprender a eliminar o elemento tirânico dentro de si. Isso leva
necessariamente muitas encarnações, a partir das quais a libertação é
possível. A recompensa e a punição virão nas próximas reencarnações
humanas ou animai
PITÁGORAS
O
grande instrutor ocultista da Grécia, sua escola e seus adeptos
aceitavam e ensinavam a doutrina da vida depois da morte, diferente das
mais antigas, por pregar que os bons animais podiam encarnar como
humanos, e que os humanos podiam encarnar como animais ou plantas.
PLATÃO
Filósofo
que marcou fundo o pensamento ocidental, defendia que a alma
reencarnada tem vislumbres de recordações de suas vidas passadas, como
instintos e intuições. Dessas vidas originam-se as idéias inatas.
JUDEUS:
JUDAISMO
Fazia
parte dos dogmas judaicos o nome ressurreição. Entendiam que era o
retorno a vida no próprio corpo(cadáver). Para a ciência é materialmente
impossível. Reencarnação é a volta da alma ou espírito a vida corpórea,
mas num outro corpo que nada tem a ver com o corpo anterior.
CABALA
Escritos
Secretos, é a principal base Esotérica dos Judeus. Segundo ela, todas
as almas, entre longos intervalos de descanso e purificação, são
sujeitas a repetidos renascimentos. Nestes, há um esquecimento total das
vidas anteriores. A finalidade é purificar-se, evoluir e atingir a
perfeição.
ZOHAR
Livro
Secreto - Baseia-se nos ensinamentos da cabala e os amplifica a idéia
de que se atinge a perfeição através de repetidos renascimentos.
ESSÊNIOS
Constituíam
uma seita mística que apareceu entre os judeus durante o século que
precedeu o nascimento de Jesus. Ela contribuiu muito para a divulgação
das verdades da reencarnação entre os judeus. Foi a mais importante
seita mística do seu tempo.
CRISTIANISMO:
CRISTÃOS PRIMITIVOS
Na
primitiva igreja cristã havia uma doutrina esotérica e, parte dela,
consistia no ensino da preexistência da alma. Essa doutrina era
conhecida como “Mistérios” ou “Ensinos Íntimos” e não era revelada as
massas. Os escritos dos primeiros padres da igreja cristã estão repletos
de muitas alusões a esses mistérios. Orígenes escreveu muito sobre
essas coisas. João Batista era geralmente reconhecido como a
reencarnação de Elias, até pela massa popular.
GNÓSTICOS
Os
Gnósticos que constituíam uma ordem e escola na igreja primitiva,
ensinavam a reencarnação clara e abertamente, sendo por isso perseguidos
pelos mais conservadores.
SANTO AGOSTINHO
Em confissões, diz textualmente: “Não vivi em outro corpo antes de entrar no ventre de minha mãe”.
CLERO
A
Reencarnação teve por vários séculos muito adeptos sérios da igreja
primitiva, ela era reconhecida como florescente até pelos que a
combatiam. Os diversos Concílios Eclesiásticos pronunciaram-se contra a
doutrina da reencarnação, consideravam-na uma heresia. Os ensinamentos
foram condenados e censurados. Até que, no ano de 553, um Concílio
cuidadosamente preparado pelo Imperador Bizantino Justiniano,
considerou-a um anátema. Dois fatores levaram a Igreja a esta decisão:
primeiro foi a grande campanha desencadeada por Theodora – cortesã
libidinosa, amante e, posteriormente, esposa de Justiniano – que não se
conformava com a idéia de ter de reencarnar diversas vezes para expiar
seus crimes e erros; segundo, a doutrina do céu e do inferno imediatos
dava maior poder ao clero, em vias de consolação. Uma vez cristalizado, é
muito difícil modificar-se um dogma. Assim, até hoje a Igreja condena a
doutrina da reencarnação.
ISLAMISMO:
ISLÃ:
Embora
não tenham uma crença explícita na reencarnação, algumas seitas
muçulmanas acreditam nela, de um modo fatalista, que conduz o homem a
uma quietude e a uma indiferença inimigas de todo o progresso e que
negam o livre-arbítrio. Há os que pensam que a alma humana possa passar
para um animal ou para outra pessoa, dependendo do seu estágio.
SUFIS:
Nesta
seita, influenciados por Zoroastro, crêem na reencarnação. Segundo eles
a alma imortal entra neste mundo por um curto período para ganhar
experiência. Ela pode ter descido de esferas superiores ou estar
trabalhando para a sua ascensão, a partir da esfera inferior. O número
de reencarnações é pequeno, pois consideram a progressão e o retrocesso
da alma como um processo de auto-fortalecimento. A aceleração do
auto-fortalecimento leva, depois de algumas encarnações, a uma virada
decisiva.
ÍNDIA:
HINDUÍSMO:
A
Índia pode ser considerada a grande mãe da doutrina da reencarnação,
pois lá encontrou o seu mais completo florescimento. Talvez em nenhuma
outra parte do planeta se encontre uma convicção tão coletiva e forte na
vida da alma. Seus livros religiosos se referem a reencarnação. O
conceito geral HINDUÍSTA, é que as almas humanas originam-se do Ser
Supremo e essencialmente permanecem idênticas a Ele. Muitas encarnações
sucessivas provocam uma involução gradual, fazendo que as almas se
esqueçam de suas origens, confundam-se e se entorpeçam. Mas
gradualmente, por meio de outras experiências ao longo de sucessivas
encarnações, as pessoas começam a perceber para onde devem retornar.
Então, cada vida é um empenho para o retorno. Ficar preso aos fascínios
do mundo material é um erro. A pessoa deve separar-se deles e tornar-se
espiritual, atingindo o Moksha (libertação) , e finalmente encontrando o
caminho de volta a Brahma. Uma outra visão é de que as almas Jivas ,
começam como formas mais simples de vida. Elas alcançam o estágio humano
através de estágios como minerais, vegetais e animais. Por último,
tornam-se anjos, após muitas encarnações.
Cada
Jiva tem em si o atman, o eterno, a essência divina. Samsara, o ciclo
de vidas sucessivas, leva mais ou menos naturalmente ao crescimento e ao
amadurecimento. Quando a alma alcança a autoconsciência humana e atinge
a liberdade de escolha e a responsabilidade pessoal, seu próprio
esforço determinará seu carma.
VEDAS
Os
Vedas (conhecimento em Sânscrito) - Conjunto de princípios, doutrinas e
práticas religiosas que surge na Índia a partir de 2.000 a.C., objetivo
é superar o ciclo de reencarnações (samsara) para atingir o nirvana,
sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e do Universo. O
caminho para o nirvana passa pelo ascetismo, pelas práticas religiosas,
pelas orações e pela Yoga.
UPANISHADS
Os Upanishads, falam da reencarnação de forma clara.
MAHABHARATA
O Mahabharata e as leis do MANU, também falam da reencarnação.
BHAGAVAD-GITA
O
Bhagavad-gita diz, literalmente: “O Homem Real, isto é, o Espírito do
Homem, nem nasce, nem morre; inato, imortal, perpétuo e eterno, sempre
existiu e existirá. O corpo pode morrer ou ser morto e destruído; porém
aquele que ocupou o corpo permanece depois da morte deste”.
BUDISMO
Tanto
o Budismo como o Hinduismo acreditam na ação do Samsara, a repetição
infinita de vidas, até atingir o Mosksha. Mas os Budistas preferem falar
em renascimento, em vez de reencarnação. A diferença entre as duas
correntes está em annata: embora as características do falecido sejam
transmitidas para a nova vida, a entidade pessoal tem um EU permanente;
como se fosse a chama de uma vela acendendo outra vela, a continuidade,
não a identidade. Ver Renascimento
BUDISMO TIBETANO
Para
eles o renascimento ocorre imediatamente. Uma especialidade tibetana é a
reencarnação dos Lamas, chamada Sprul-Sku, nela a entidade é
preservada, pois uma força contrária é empregada contra a desintegração
da personalidade. Para tanto, é necessário muita força física e muita
força de vontade. Pessoas cujas missões não foram cumpridas, algumas
vezes retornam dessa maneira.
BUDISMO MAHAYANA
São
os que atingiram a iluminação e não precisam encarnar mais para
resgatar carma, fazem-no apenas por compaixão à humanidade ainda em
sofrimento. O Budismo introduziu a reencarnação na China e se tornou uma
das religiões populares, no Japão e em outros países , se transformou
em uma religião de ritualismo, dogmas e cerimonialismo, perdendo muito
da filosofia original.
JAÍNISMO
Fazem
referência ao Samsara e ao Moksha , mas acreditam que o carma depende
unicamente da conseqüência dos atos e não da intenções morais. Causar a
morte de alguém, não intencionalmente, produziria o mesmo carma que um
assassinato a sangue frio ou passional. Muito conscienciosos, os
jainistas praticam ahimsa – total pacifismo – vegetarianismo estrito e o
trabalho incessante. Para eles, após a morte, a alma une-se
imediatamente à concepção de uma criança e renasce depois de 9 meses.
FILOSOFIA YOGA
Ensina
que a alma reencarnará na Terra tantas vezes quanto for preciso, para
se tornar capaz de passar a planos superiores de existência. Nesta
filosofia a lei de causa e efeito e a lei de atração, em que o igual é
atraído por um igual, tem um grande efeito.
TEOSOFIA:
Conserva
pura a doutrina da Reencarnação e sua lei fundamental: a lei do carma.
Para os Teósofos as idéias reencarnacionistas tiveram maior prestígio
intelectual e cultural e menos polêmica, devido a sua ligação com a
filosofia indiana. Segundo os adeptos, seus mestres que inspiraram o
movimento vivem no Himalaia. Seu conceito de reencarnação é mais místico
do que espiritual. Para se ter uma boa compreensão da teoria da
reencarnação é indispensável conhecer exatamente a lei do carma e suas
funções. Ela gerou um grande número de escolas, entre elas a ANTROPOSOFIA,
( movimento de esoterismo cristão fundado em 1913 por Rudolf Steiner),
com doutrinas próprias sobre a reencarnação e o carma . Steiner era um
gnóstico, valorizava o pensamento ensinado na fonte. Procurava o
conhecimento direto com suas origens, e suas teorias são todas baseadas
na inspiração do Insight (ato de perceber, de maneira súbita, a solução
de um problema, a natureza de uma figura ou de um objeto, etc.).
ROSACRUZES, MAÇONS, ESOTÉRICOS, ALQUIMISTAS: Aceitam e difundem a Reencarnação Palingenésica.
- O BUDISMO E O RENASCIMENTO:
por Michael Beisert
1. O Budismo acredita na reencarnação?
O Budismo não ensina a reencarnação, o Budismo acredita no renascimento.
2. Qual é a diferença entre reencarnação e renascimento?
A
reencarnação é a idéia da existência de um espírito separado do corpo;
com a morte do corpo esse mesmo espírito reassume uma outra forma
material e segue evoluindo. O renascimento na concepção Budista não é a
transmigração de um espírito, de uma identidade substancial, mas a
continuidade de um processo, um fluxo do devir, no qual vidas sucessivas
estão conectadas umas às outras através de causas e condições.
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